O processo de utilização assertiva da tecnologia para a resolução de problemas tradicionais da indústria vem se tornando um importante divisor competitivo entre as empresas de vários segmentos, desde as tradicionais do varejo às novas operadoras de telecomunicações. Aquelas que genuinamente se fazem valer da transformação digital como impulsionador de negócios para aumentar a eficiência na gestão e monitorar o atingimento de metas possui maiores chances de liderar o seu segmento por um período maior de tempo. Por outro lado, empresas que ainda se mantem alheias às mudanças são péssimos exemplos do anacronismo empresarial e tendem a desaparecer ou serem adquiridas por seus concorrentes.
Os estudos de caso disponíveis são variados, e mostram como a transformação digital pode apoiar o crescimento de empresas de vários segmentos, em diversas áreas:
- A utilização de algoritmos de Inteligência Artificial nos textos não-estruturados das reclamações dos clientes para analisar o tom / sentimento e pontuar automaticamente o problema em termos de prioridade foi adotado por um banco português. Como resultado foi possível redirecionar automaticamente o problema para as equipes apropriadas – como cobranças, ouvidoria, qualidade, etc;
- A utilização de sistemas de auditoria contínua e preventiva para garantir, antecipadamente, a conformidade fiscal e tributária foi utilizada em empresas de telecomunicações. Como resultado foi possível evitar o pagamento de multas e evasão de receitas na ordem de 3% de sua receita bruta;
- Utilização de robôs de atendimento virtual para a realização de cobranças trouxe para o caixa de uma construtora mais de 20 milhões de reais de mutuários inadimplentes;
- Como forma de demonstrar o que pode fazer a falta da gestão de riscos da Internet das Coisas, uma cafeteira Smarter foi hackeada por pesquisadores, que passou a exigir o pagamento de resgate para liberação.
Assim, é muito importante que as empresas estabeleçam corretamente a sua base tecnológica tendo em vista a constante limitação de recursos humanos e financeiros. É preciso um catalisador de mudanças que permita priorizar corretamente as ações e investimentos de todas as áreas-chave desta transformação – seja pela capacitação de pessoas, pela justificativa de investimentos, pela adequação da cadeia produtiva, ou mesmo transformando todo o negócio da companhia.